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17 de março de 2012

Júlia Pinheiro em Entrevista ao Correio da Manhã

Para ver a entrevista em formato vídeo clique aqui, se preferir ler, clique em Ler Mais!


Quando chegou à SIC, há mais de um ano, disse-nos que foi muito bem recebida. Atualmente, já se sente 100% parte da equipa?

Como é óbvio. Logo na altura, parecia quase uma coisa kármica (risos), de regresso às origens. Foi muito bom, sinto-me totalmente integrada. É uma grande vantagem trabalhar no mesmo sítio, que embora seja muito familiar é um bocadinho diferente. Entretanto quer a maturidade da SIC quer a minha ocorreu num tempo em que não estava cá. Portanto, recontratámo-nos num momento de maior sabedoria quer de um lado quer de outro. Há um grande sentimento de familiaridade. É como voltar a um velho namorado. Sabemos tudo um sobre o outro quando olhamos nos olhos um do outro. Há uma relação de grande facilidade, proximidade, cumplicidade. Voltei à casa dos pais. Voltei ao sítio onde comecei, com um sentimento de diferença. Mas como cresci e a casa também estamos a reencontra-mo-nos no ponto certo.

O primeiro grande trabalho que assumiu na SIC foi desenhar o novo programa das manhãs (‘Querida Júlia'). Na altura, e antes do arranque, disse que o ‘day time' da SIC estava um pouco distante das pessoas. Após um ano de programa, essa aproximação já foi feita?

É um trabalho que ainda não está terminado. Nem por sombras e tem que continuar. Além da distância que se tinha estabelecido entre a estação e o público, que aconteceu e ainda não conseguimos ultrapassar essas barreiras todas, muito mais que isso, o maior problema do ‘day time' da SIC era a sua excessiva movimentação. O ‘day time' é uma caminhada lenta, contínua, com os mesmos rostos, as mesmas formas, durante muito tempo e é isso que rende a partir de uma determinada altura. Na SIC, em muito pouco tempo, o' day time' era assumido por rostos diferentes e por propostas, que embora fossem sempre bater no mesmo, porque isto do ‘day time' não tem muito que inventar, é mais ou menos sempre a mesma coisa, tem é que se dar um embrulho um bocadinho diferente, a verdade é que no caso da SIC eram propostas novas, cenários novos. A tentativa constante de inovação secou um bocadinho a planta. A planta está a precisar de água, descanso e de voltar a ficar viçosa, com tranquilidade, e é isso que tenho estado a fazer deste que cheguei cá. Estou a tomar conta de um ser um bocado frágil, que lentamente já mostra alguns sinais de saúde, mas que está longe de ser uma árvore frondosa e bem sólida. Passou um ano, ainda não posso dizer que estou em segundo lugar mas estou muito próxima, muito longe do líder, que cresceu entretanto, mas a minha próxima batalha é com eles, é com o líder. Estou a entrar na fase mais interessante do processo. Até agora foi lançar os alicerces a seguir é atirar-me para a frente do comboio.

Numa análise às audiências, ‘Querida Júlia' começou em Março de 2011 com cerca de 200 mil espectadores, em Fevereiro deste ano está com cerca de 200 mil espectadores. A RTP tem vindo a diminuir, mas do lado da TVI tem havido um crescimento do ‘Você na TV!'...Sei que vai dizer que é uma maratona...

Não, o que vou dizer é que justamente o ‘Você na TV!' está a beneficiar de sete anos de tranquilidade. Está a retirar os frutos de uma política continuada. Por muitas tormentas que pudesse ter passado nos quatro primeiros anos, e sei exatamente do que estou a falar, foi muito difícil, mas não vacilamos no que achamos que era a proposta. O ‘day time' é uma rotina continuada, é a vinculação com o público, a habituação, é como que entranhar um hábito no quotidiano das pessoas, isso leva muito tempo a fazer. O ‘Você na TV!' está a crescer e a beneficiar de algo que a TVI tem como um problema ... No futuro a TVI vai perder um pouco da sua identidade de há algum tempo atrás. E os que restam para dar essa identidade é justamente aquele núcleo da manhã. É a TVI que as pessoas conhecem há muito tempo. Na tarde houve uma alteração, saí eu, entrou a Fátima, que não consegue ter os mesmos resultados, e que se calhar o tempo lhe dará também esse benefício. Mas para já não consegue. O público que anda neste amplo terreiro que é o ‘day time' cai nos braços da Cristina [Ferreira] e do Manel [Manuel Luís Goucha] porque é o que resta de uma moldura a que estávamos habituados no passado. É o mais sólido de tudo. Agora, estou muito contente com o desempenho do programa porque duzentos mil espectadores de manhã é uma coisa muito séria.

Num universo de cerca de 700, 800 mil...

É muito, muito bom. De vez em quando vamos mais acima e há sinais de crescimento. Tivemos um ano muito duro, principalmente porque esta é uma antena diferente da TVI, não tem o arrasto que a TVI tem.

O balanço do canal líder...

Sim. E só estando fora é que se tem noção desse balanço. Quando estava lá não tinha noção disso...

Quando diz que a TVI vai perder a identidade está a falar das pessoas que saíram...

É natural, porque os projectos têm que evoluir. Qual é o problema de um líder? Ou fica agarrado às mesmas fórmulas durante muito tempo ou então vai ter que mudar qualquer coisinha e na inovação, ao mesmo tempo que pode agarrar pessoas, vai perder outras, que não se vão rever naquilo...

Foi o que se passou com a SIC há dez anos atrás?

Com a SIC as coisas foram um bocadinho diferentes. Mas, de alguma forma, sim. A SIC não soube gerir a perca da liderança e é muito traumático. E acho que a TVI vai ter um processo um bocadinho idêntico. Alias, saí por causa disso. Antecipei aquilo que são ciclos naturais. Durante muito tempo tem-se uma situação estável e depois, necessariamente, vai ter que haver um problema qualquer. E ou somos extraordinários na gestão desse problema, mas é muito difícil... Nem a mão mais experimentada conseguirá gerir esse momento em que a liderança já não é uma certeza. Porque vamos cometendo erros sistemáticos para a manter. E, portanto, não evoluímos. Ficamos congelados, fossilizamos no conforto. É isso que acontece.

Disse que uma das coisas que a levou a sair foi que a TVI estava refém da sua liderança e que na SIC podia arriscar. Na SIC tem tido a margem que queria para correr esses riscos?

Tenho. Temos que correr alguns riscos. Há riscos que foram tomados e de que nos orgulhamos muito, nomeadamente fizemos um caminho notável na ficção nestes dois últimos anos. É um caminho que não começa comigo, do qual não reclamo louros, mas foi notável. E isso é um risco para a SIC, que nunca teve uma boa vida na ficção.

E no ‘day time', onde  quer arriscar?

Em tudo. Temos que ir por passos pequenos, seguros, não se pode fazer grandes oscilações. É relojoaria. São rodinhas dentadas, muito pequeninas a encaixarem umas nas outras. Estou muito contente com o desempenho do ‘Boa Tarde', está na frente, acho eu. Não conto as vitórias, há outros que fazem isso...Diria que devemos estar em empate técnico, senão um bocadinho à frente. E isso deixa-me muito feliz. Porque a Conceição Lino tem feito um trabalho notável de captação de público, de empenhamento dela própria, que arriscou muito. Estou muito, muito contente. A manhã está a fazer o seu caminho, tem que ser um programa luminoso, bem-disposto, muito impregnado da minha figura e da maneira como comunico, portanto a responsabilidade é toda minha.

Basta ver o nome...

Basta. Sou só uma, os outros são dois. Combato com duplas, mas estou contentíssima. Estou contente porque a equipa que alinhou comigo há um ano atrás trabalhou muito, foi muito generosa. (pôr em destaque)

A Júlia esteve na TVI, na RTP, conhece bem os seus concorrentes, a grande diferença da ‘Querida Júlia' para a ‘Praça da Alegria' e o ‘Você na TV!'?

O desenho da RTP é claramente feito para o público mais velho, têm as soluções encontradas, a narrativa é feita de uma maneira mais clássica. Depois temos o ‘Você na TV!' que ocupa muitas vezes a sua ausência de conteúdos com o profundo histrionismo e capacidade de comunicação dos dois apresentadores. Transformaram-se eles próprios num conteúdo e isso tem sido muito bem utilizado e com sucesso. Mas cuidado, isso não chega. Não se pode fazer, como vejo atualmente, longos períodos de conversa onde não acontece nada e os apresentadores são eles próprios o centro da notícia...isso dá durante algum tempo, mas corre-se riscos quando se faz isso. Primeiro porque se entra numa espiral auto centrada, olha-se muito para o umbigo e os programas de televisão não são sobre nós próprios. Isso é o tipo de coisas que vejo com alguma dificuldade e que tem custos. O nosso é feito em cima das minhas características, daquilo que produzo como comunicação. Temos uma grande preocupação com temas de atualidade. A nossa proposta, ao mesmo tempo que bem-disposta, com um tom ligeiro e informal, tem um bocadinho mais de trabalho jornalístico, de conteúdo com um bocadinho com mais substância. Neste momento, acho que os três estão muito bem desenhados para as três estações.

Quando é que vai estar no sítio para atacar o primeiro lugar?

Isso é que não sei...um dia destes...

Sem timings, sem pressões?

Sem pressões. De facto, esta antena é diferente. Na TVI atrever-me-ia, com algum rigor, a dizer quando. A SIC é diferente. Tem um perfil de espectador diferente.

Quando chegou a Carnaxide fez a primeira época de ‘Peso Pesado'...

E muito bem (risos)

Mas depois cedeu o lugar a Bárbara Guimarães. O que motivou essa saída?

Essencialmente estar estafada...

A carga de trabalho era excessiva?

Na época, e foi quase quatro meses, trabalhei qualquer coisa como 16 a 17 horas por dia...Chegou a uma altura em que era absolutamente aflitivo e não dava. A breve trecho não seria eficaz. O ‘Peso Pesado' correu muito bem, é um grande formato. Estava certo para a SIC, gostei muito da primeira série, mas gostei principalmente, em termos televisivos, da segunda.

Foi um erro lançar a segunda série em cima da primeira?

Não foi um erro. O que tivemos de maior complicação, e sabíamos que íamos ter, foi a ‘Casa dos Segredos'. É um formato extraordinário, poderosíssimo....

Em termos de audiências...

Sim, mas curiosamente não teve tanta audiência como o primeiro...é curioso

Foi uma questão de apresentadora?

Isso não diria...

A guerra de palavras com Teresa Guilherme está encerrada?

Completamente. Nem me lembro.

Analisando o tema a alguma distância, o que motivou esta ‘troca de mimos'?

Sei lá. Pergunte-lhe a ela, que foi ela que começou.

Mas acabou por mútuo...

A senhora é que começou. Jamais fiz qualquer comentário desagradável sobre qualquer dos meus colegas. Jamais. Nunca me ouviu dizer o que acho sobre ela tecnicamente, como apresentadora ou produtora. Teria muitas coisas a dizer sobre uma coisa e outra, mas jamais me ouvirá dizer. Não digo, porque acho isso deselegantíssimo.

Se lhe perguntar o que acha da Teresa Guilherme enquanto apresentadora?

Não lhe vou dizer.

Voltará a falar com a Teresa?

Não faço ideia. Não me interessa

Mas ficou magoada. Percebo pela forma como está a reagir.

Sim. Acho que sim. Havia uma relação profissional, que não foi respeitada. Pronto. O futuro a Deus pertence e vamos ver se nos encontramos ou não no caminho.

Agora nem relação pessoal ou profissional...

Não sei. Estas coisas é melhor viver com tranquilidade e não guardar amarguras e magoas que já somos adultos. Logo se vê.

Como vê as audiências?

A SIC está a subir. Sobre a descida da TVI não tenho nada para dizer, também não seria elegante. Sobre a SIC, estamos competitivos, a crescer, temos um ‘prime time' arrebitado e a captar a atenção das pessoas. Estamos muito felizes.

Quando poderá chegar ao patamar do líder?

Qualquer que seja o futuro, a SIC merece ser líder. Trabalhamos empenhadamente, de forma abnegada. Trabalhamos com muito menos recursos que os outros. Temos um ano economicamente complicado, com uma descida do mercado publicitário e televisão é um negócio. Só se pode gastar aquilo que tem. Não se pode ser inconsequente. Na SIC, as malhas da gestão de orçamentos são apertadíssimas, trabalhamos com grande rigor e com poucos recursos. Estamos a lutar e merecemos ser líderes. Se acontecer é justíssimo. Não por mim, mas pelos meus colegas, que estão cá há muitos anos.

Falou da situação económica difícil e o grupo tem tomados várias medidas para reduzir custos. Como está o ambiente?

Imagino que está como nos outros sítios. Mesmo que uma medida ou outra cause imenso desconforto, porque as pessoas não têm rendimentos muito folgados, qualquer mexida faz confusão. Às vezes há algumas crispações, mas as pessoas têm uma dedicação enorme à casa.

Vestem a camisola?

Vestem muito e querem muito que a casa cresça e contribuirão para isso da forma como puderem. Vejo a empresa muito bem, honestamente.

No caso da Júlia, em Junho houve corte de salários...

Sim, fui logo.

Como é acabar de chegar à empresa e ver o salário cortado?

Compreendo perfeitamente. A Impresa e a SIC tiveram a percepção que a crise vinha aí forte e feio e anteciparam logo. Contribuo como os outros naquilo que for possível.

Olhando para trás, abandonar a TVI foi a melhor decisão que podia ter tomado?

Foi. Sobre isso nunca tive dúvidas. Em momento algum.

Sem arrependimentos?

Só me arrependo do que não fiz. Se tivesse lá ficado é que estava arrependida.

Sente saudades de Queluz?

Sinto de algumas pessoas. Sou uma pessoa profundamente afectiva e estabeleço relações muito próximas com algumas pessoas. O nosso núcleo de Queluz, na altura do José Eduardo [Moniz] era muito engraçado e tenho saudades de algumas pessoas com quem trabalhei, fui lá muito feliz e muito bem tratada.

Mantém contacto com alguns dos seus ex-colegas?

Claro. Trabalhei na TVI quase dez anos. Foi muito tempo. Agora, estas pessoas da SIC também as conhecia, também havia relações, também havia proximidade. E aqueles que me são mais próximas estão comigo aqui, nomeadamente a Gabriela Sobral, que é uma pessoa com quem adoro trabalhar. E tinha um grande motivo para vir para cá, que era trabalhar com o Luís Marques. Tinha um profundo desejo de trabalhar com o Luís Marques. Tenho tido a sorte de trabalhar com grandes líderes e faltava-me o Luís. Tinha estado quase a trabalhar com o Luís na RTP, mas fiquei sempre naquela, e ele também, que tínhamos de nos encontrar. É um velho amor, uma paixão antiga. E como uma boa paixão, ele batalhou muito e eu sucumbi nos braços dele (risos). É um grande gestor, é o gestor perfeito para o momento de crise, é um homem de nervos de aço e é, de facto, uma pessoa com uma grande sensatez, uma grande lucidez e está a levar a muito bom porto o projeto que começou com dificuldades e tem vindo a fazer um trabalho notável.

Quando olha para a TVI, tem lá colegas que queria trazer para a SIC?

Naturalmente. Não escondo que tenho um grande apreço profissional, nomeadamente por alguns colegas de antena. Toda a gente sabe o carinho e a estima que tenho pelo Manel e pela Cristina, talentosíssimos e não me importava nada de os ter ao meu lado. Mas estou numa estação onde também há gente talentosíssima.

Gostava de fazer dupla com o Manuel Luís Goucha na SIC?

Sim, não havia problema nenhum. Tenho aqui grandes homens para estar ao meu lado. Tenho o futuro. A TVI tem esse problema. Era uma coisa que debatíamos na altura, nos tínhamos dois ou três apresentadores maduros bons, mas não estávamos a formar nem segundas nem terceiras linhas. Tínhamos a Leonor Poeiras que estava já a crescer, mas não tínhamos homens. Aqui tenho dois homens excelentes, o Manzarra e o Daniel Oliveira e tenho a Rita Ferro Rodrigues, a Bárbara, que é a nossa super-estrela, a nossa diva, mas tenho a Vanessa. Há um grupo de pessoas com muito talento, desde as meninas do Fama Show, ao grupo ligado à SIC Mulher.

Poderá ter a médio prazo uma dupla nas manhãs?

No desenho atual é difícil. Mas aparecerem aqui de repente alguns pares inusitados para fazer outros projetos sim. Temos o grande desejo de abrir a antena, de daqui a algum tempo toda esta gente explodir com projetos novos. É o meu mais profundo desejo.

E a Cláudia Vieira e o João Manzarra, com o ‘Ídolos', vão conseguir superar o Manuel Luís Goucha e a Cristina com a segunda época de ‘A tua Cara Não Me É Estranha'?

Os formatos não vencem exclusivamente pelos apresentadores.

Os concorrentes também contam...

Não é só...Os ‘Ídolos' são um formato em si vencedor, é um dos maiores formatos do mundo. É naturalmente líder e o João e a Cláudia vão fazer maravilhosamente uma quinta temporada. O Manel e a Cristina estão com um formato com características inteiramente diferentes, é uma espécie de festa doméstica...

Com shares elevadíssimos...

Também não têm concorrência, nomeadamente o nosso ‘Ganha Num Minuto', que tem um grande defeito, é gravado. E tudo o que é gravado é muito difícil de se bater com direto. Aqui é diferente. O ‘Ídolos' tem uma força de arrasto muito grande e portanto acho que as coisas podem vir a correr bem, muito bem.

Como vê atualmente a RTP, com o Hugo Andrade?

É um homem, com certeza, de uma grande capacidade de consensos, muito sensato e está a gerir uma coisa que é muito difícil, que é um processo de transição. Muito em breve vamos saber afinal o que é privatizado, de que forma. E o Hugo Andrade está a gerir as compras feitas por outro director e, está a fazer o melhor que pode e está a fazer muito bem.  Agora, a RTP, percebe-se, é uma casa que tem um ponto de interrogação.

E o que acha da privatização?

É matéria sobre a qual não gostaria de me pronunciar porque o meu marido trabalha na RTP. Tenho opinião, naturalmente, mas não a digo.

E o que acha da nova TVI, com José Fragoso?

Também é um homem sensato. Tem dado continuidade aquilo que é o ADN da TVI, que é a ligação ao público, continuar com programas que têm esta dimensão da festa, tem continuado a política do falar português, de programar com novelas. E nós aqui a fazer o nosso papel, que é afinar a nossa capacidade de a breve trecho podermos ser os líderes.

Gostava de fazer dupla com o Manuel Luís Goucha na SIC?

Sim, não havia problema nenhum. Tenho aqui grandes homens para estar ao meu lado. Tenho o futuro. A TVI tem esse problema. Era uma coisa que debatíamos na altura, nos tínhamos dois ou três apresentadores maduros bons, mas não estávamos a formar nem segundas nem terceiras linhas. Tínhamos a Leonor Poeiras que estava já a crescer, mas não tínhamos homens. Aqui tenho dois homens excelentes, o Manzarra e o Daniel Oliveira e tenho a Rita Ferro Rodrigues, a Bárbara, que é a nossa super-estrela, a nossa diva, mas tenho a Vanessa. Há um grupo de pessoas com muito talento, desde as meninas do Fama Show, ao grupo ligado à SIC Mulher.

Poderá ter a médio prazo uma dupla nas manhãs?

No desenho atual é difícil. Mas aparecerem aqui de repente alguns pares inusitados para fazer outros projetos sim. Temos o grande desejo de abrir a antena, de daqui a algum tempo toda esta gente explodir com projetos novos. É o meu mais profundo desejo.

E a Cláudia Vieira e o João Manzarra, com o ‘Idolos', vão conseguir superar o Manuel Luís Goucha e a Cristina com a segunda época de ‘A tua Cara Não Me É Estranha'?

Os formatos não vencem exclusivamente pelos apresentadores.

Os concorrentes também contam...

Não é só...Os ‘Ídolos' são um formato em si vencedor, é um dos maiores formatos do mundo. É naturalmente líder e o João e a Cláudia vão fazer maravilhosamente uma quinta temporada. O Manel e a Cristina estão com um formato com características inteiramente diferentes, é uma espécie de festa doméstica...

Com shares elevadíssimos...

Também não têm concorrência, nomeadamente o nosso ‘Ganha Num Minuto', que tem um grande defeito, é gravado. E tudo o que é gravado é muito difícil de se bater com direto. Aqui é diferente. O ‘Ídolos' tem uma força de arrasto muito grande e portanto acho que as coisas podem vir a correr bem, muito bem.

Como vê atualmente a RTP, com o Hugo Andrade?

É um homem, com certeza, de uma grande capacidade de consensos, muito sensato e está a gerir uma coisa que é muito difícil, que é um processo de transição. Muito em breve vamos saber afinal o que é privatizado, de que forma. E o Hugo Andrade está a gerir as compras feitas por outro diretor e, está a fazer o melhor que pode e está a fazer muito bem.  Agora, a RTP, percebe-se, é uma casa que tem um ponto de interrogação.

E o que acha da privatização?

É matéria sobre a qual não gostaria de me pronunciar porque o meu marido trabalha na RTP. Tenho opinião, naturalmente, mas não a digo.

E o que acha da nova TVI, com José Fragoso?

Também é um homem sensato. Tem dado continuidade aquilo que é o ADN da TVI, que é a ligação ao público, continuar com programas que têm esta dimensão da festa, tem continuado a política do falar português, de programar com novelas. E nós aqui a fazer o nosso papel, que é afinar a nossa capacidade de a breve trecho podermos ser os líderes.

CM

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